quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Bob Dylan - Blowin' In The Wind




Breve História de Bob Dylan


Bob Dylan (nome artístico de Robert Allen Zimmerman; Duluth, 24 de maio de 1941), é um cantor e compositor norte-americano.
Nascido no estado de Minnesota, neto de imigrantes judeus russos, aos dez anos de idade Dylan escreveu seus primeiros poemas e, ainda adolescente, aprendeu piano e guitarra sozinho. Começou a cantar em grupos de rock, imitando Little Richard e Buddy Holly, mas quando foi para a Universidade de Minnesota em 1959, voltou-se para a folk music, impressionado com a obra musical do lendário cantor folk Woody Guthrie, a quem foi visitar em Nova York em 1961.
Em 2004, Bob Dylan foi escolhido pela revista Rolling Stone, como o 2º melhor artista de todos os tempos, ficando atrás somente dos Beatles e uma de suas principais canções, "Like a Rolling Stone" http://www.youtube.com/watch?v=LmY30_DjMYo  , foi escolhida como a melhor de todos os tempos. Influenciou directamente grandes nomes do rock americano e britânico dos anos de 1960 e 1970.

Robert Allen Zimmerman (nome hebraico: Zushe ben Avraham)  nasceu no hospital St. Mary de Duluth, em Minnesota, no dia 24 de maio de 1941 e cresceu em Hibbing, Minnesota, no Mesabi Iron Range a oeste do Lago Superior. Os estudos realizados por vários dos seus biógrafos mostraram que seus avós paternos, Zigman e Anna Zimmerman, emigraram de Odessa (actual Ucrânia) para os Estados Unidos por causa de um pogrom antissemita ocorrido em 1905. Seus avós maternos, Benjamin e Lybba Edelstein, eram judeus lituanos que chegaram à América em 1902. Em sua autobiografia, Crônicas, Vol. 1, Dylan escreveu que o apelido de sua avó materna era Kyrgyz e que sua família era de Istambul.
Seus pais, Abram Zimmerman e Beatrice "Beatty" Stone, faziam parte de uma pequena mas muito unida comunidade judaica. Robert Zimmerman viveu em Duluth até seus seis anos, quando seu pai contraiu poliomielite e sua familia voltou à cidade natal de sua mãe, Hibbing, Minnesota, onde passou o resto de sua infância. Robert passou boa parte de sua juventude escutando rádio:  emissoras de Shreveport, em Louisiana, que transmitiam blues e country, e posteriormente, rock and roll. Durante sua estadia na escola, formou várias bandas, como The Shadow Blasters, de curta duração, e The Golden Chords, com a qual chegaria a tocar no programa de busca de talentos Rock and Roll Is Here to Stay. No anuário escolar de 1959, Robert Zimmerman assinalou sua principal ambição "unir-se a Little Richard".No mesmo ano, usando o pseudônimo de Elston Gunn, tocou em duas apresentações com Bobby Vee, acompanhando ao piano e improvisando com palmas.
Em setembro de 1959, Zimmerman  mudou - se para Minneapolis, para estudar na universidade de Minnesota. Durante a época, seu interesse inicial no rock and roll deu lugar a uma aproximação ao folk. Em 1985, Dylan explicou  a sua atração pelo folk: "A coisa sobre o rock'n'roll é que para mim de qualquer jeito ele não era suficiente... Havia bons bordões e ritmo pulsante... mas as canções não eram sérias ou não refletiam a vida de um modo realista. Eu sabia que quando eu entrei na música folk, era um tipo de coisa mais sério. As canções eram enchidas com mais desespero, mais tristeza, mais triunfo, mais fé no sobrenatural, sentimentos mais profundos". Logo começou a tocar no 10 O'Clock Scholar, uma cafeteria a poucos metros do campus universitário, e se viu envolvido no circuito folk de Dinkytown.
Durante seus días en Dinkytown, Zimmerman passou a chamar-se de "Bob Dylan". Em uma entrevista concedida em 2004, Dylan disse: "Você nasce, sabe, com nomes errados, pais errados. Digo, isso acontece. Você se chama do que quiser se chamar. Este é o país da liberdade". Em sua autobiografia, Crónicas, Vol. 1, Dylan escreveu sobre a mudança de nome:
"Eu havia visto alguns poemas de Dylan Thomas. A pronúncia de Dylann e Allyn era parecida. Robert Dylan. A letra D tinha mais força. Entretanto, o nome Roberto Dylan não era tão atraente como Roberto Allyn. As pessoas sempre me chamaram de Robert ou Bobby, mas Bobby Dylan me parecia vulgar, e além disso já haviam Bobby Darin, Bobby Vee, Bobby Rydell, Bobby Neely e muitos outros Bobbies. A primeira vez que me perguntaram meu nome em Saint Paul, instintiva e automaticamente soltei: 'Bob Dylan'".

Dylan abandonou a universidade logo no primeiro ano. Em janeiro de 1961, mudou-se para Nova Iorque com a esperança de ver o seu ídolo musical, Woody Guthrie, que estava gravemente doente, com um estado avançado do mal de Hutington no hospital psiquiátrico de Greystone Park.Guthrie foi uma das maiores influências nas primeiras apresentações de Dylan. Sobre Guthrie, Dylan chegou a dizer: "Podes escutar suas canções e aprender a viver". Também escreveu, posteriormente: "As canções em si têm o infinito alcance de humanidade nelas... [Ele] era a verdadeira voz do espírito americano. Eu disse a mim mesmo que seria o maior discípulo de Guthrie". À medida que o visitava no hospital, Dylan ficou amigo do assistente de Guthrie, Ramblin' Jack Elliott. Muito do repertório de Guthrie era na verdade canalizado através de Elliott, a quem Dylan prestou tributo em Crônicas (2004).
A partir de fevereiro de 1961, Dylan tocou em vários clubes do bairro de Greenwich Village. Em setembro, ele começou a ganhar certa reputação graças a uma resenha de Robert Shelton no The New York Times durante uma apresentação no Gerde's Folk City. No mesmo mês, Dylan tocou  harmônica para Carolyn Hester durante a gravação de seu terceiro álbum, o que levou seus talentos para a atenção do produtor John H. Hammond. Hammond contratou Dylan para a Columbia Records em outubro.
As interpretações incluídas em seu primeiro trabalho para a Columbia, intitulado Bob Dylan e lançado em 1962, consistiam em material de música folk, blues e gospel combinado com duas composições próprias, "Song to Woody" e "Talkin' New York". O álbum teve pouco êxito comercial, vendendo cinco mil cópias em seu primeiro ano, o suficiente para uma rescisão de contrato. Dentro da Columbia, Dylan começou a ser tachado como a "tolice de Hammond" e sugeriram acabar com o seu contrato. Apesar disso, Hammond defendeu vigorosamente Dylan, e ao mesmo tempo encontrou um bom defensor em Johnny Cash, que havia assinado pela Columbia meses antes. Durante o seu trabalho para a Columbia, Dylan também gravou várias canções sob o pseudônimo de Blind Boy Grunt  para a revista de música folk Broadside Magazine, uma revista e editora de música folk. Dylan usou o pseudônimo Bob Landy para gravar como tocador de piano no álbum de antologia de 1964, The Blues Project, lançado pela Elektra Records.Sob o pseudônimo de Tedham Porterhouse, Dylan contribuiu com a harmônica para o álbum de 1964 de Ramblin' Jack Elliott, Jack Elliott.
Bob Dylan com Joan Baez na Marcha por Trabalho e Liberdade em Washington, D.C., em 1963.
Em agosto de 1962, Dylan deu dois importantes passos na sua carreira musical ao modificar o seu nome
( legalmente ) para Robert Dylan na Corte Suprema de Nova Iorque e ao firmar um contrato de representação com Albert Grossman. Grossman foi o empresário de Dylan até 1970 e se caracterizou por sua personalidade algumas vezes confrontativa e pela extrema protecção que mostrava para o seu principal cliente. Dylan descreveria posteriormente Grossman como "uma espécie de Coronel Tom Parker... Tu podias cheirá-lo a aparecer". As tensões entre Grossman e John Hammond obrigaram o segundo a abandonar as sessões de gravação do segundo trabalho discográfico de Dylan, sendo substituído pelo jovem produtor Tom Wilson.
De dezembro de 1962 a janeiro de 1963, Dylan fez sua primeira viagem ao Reino Unido. Ele foi convidado pelo director de televisão Philip Saville para aparecer num drama The Madhouse on Castle Street, da emissora BBC . No fim da apresentação, Dylan tocou "Blowin' in the Wind", uma das primeiras exibições da canção para um público maior. Enquanto em Londres, Dylan tocou em alguns clubes folk da cidade, como Les Cousins, The Pinder of Wakefield, e Bunjies. Ele também aprendeu novas canções de alguns intérpretes britânicos, como Martin Carthy.
Próximo da época de seu segundo álbum, The Freewheelin' Bob Dylan, lançado em maio de 1963, ele começou a fazer seu nome como cantor e compositor. Muitas das canções incluídas no álbum foram classificadas como canções de protesto, inspiradas parcialmente em Woody Guthrie e influenciadas pela paixão de Pete Seeger por canções tradicionais. "Oxford Town", http://www.youtube.com/watch?v=rGgm3GB75c0 por exemplo, é um conto irônico sobre a arriscada matrícula de James Meredith como o primeiro negro na universidade do Mississippi.
Sua canção mais famosa na época, "Blowin' in the Wind", deriva parcialmente da melodia da canção tradicional "No More Auction Block",http://www.youtube.com/watch?v=PrZcMiJ1OWk  apesar de sua letra questionar o status quo social e político da época. A canção teve muitas versões e tornou-se um sucesso internacional com Peter, Paul and Mary, criando um precedente para muitos outros artistas que se alçariam com sucessos através de composições de Dylan. Por sua parte, a canção "A Hard Rain's a-Gonna Fall" http://www.youtube.com/watch?v=EKuaGBGOii0 se baseia nos acordes da balada folk "Lord Randall". Com suas referências ao apocalipse nuclear, a canção ganhou ressonância durante o desenrolar da crise dos mísseis de Cuba, poucas semanas depois de Dylan começar a tocá-la. Como "Blowin' in the Wind", "A Hard Rain's a-Gonna Fall" marcou uma importante direcção na composição de novas canções, mesclando o uso do fluxo de consciência e a lírica imaginária com as formas tradicionais do folk.
Enquanto as primeiras canções de Dylan solidificaram a sua reputação inicial, The Freewheelin' Bob Dylan também incluía canções de amor mescladas com uma lírica irônica e blues falado surreal. O humor se converteu em um dos pilares da personalidade de Dylan, e a variedade de material impressionou muitos ouvintes, incluindo os Beatles. George Harrison comentou: "Só colocávamos o disco e começava-mos a viajar. O conteúdo das letras de suas canções é só atitude - era incrivelmente original e maravilhoso".
A voz áspera de Dylan era perturbadora para alguns ouvintes iniciais, ao mesmo tempo que uma atracção para outros. Descrevendo o impacto que Dylan havia causado em seu marido e nela mesma, Joyce Carol Oates escreveu: "Quando escutei pela primeira vez essa voz crua, muito jovem e parecendo não treinada, francamente nasal, como se a lixa pudesse dalar, o efeito foi dramático e electrificante".Muitas de suas primeiras canções famosas alcançaram o público em geral através de versões imediatamente mais palatáveis de outros intérpretes, como Joan Baez, que se converteu na protetora de Dylan assim como sua posterior amante. Baez foi determinante na hora de levar Dylan à popularidade nacional e internacional com numerosas versões de suas canções e ao convidá-lo frequentemente ao palco em suas apresentações.
Alguns outros que gravaram e tiveram sucessos com canções de Dylan no início e metade da década de 1960 foram The Byrds, Sonny & Cher, The Hollies, Peter, Paul and Mary, The Association, Manfred Mann e The Turtles. A maioria tentou dar uma batida pop e ritmo às canções, enquanto Dylan e Baez os tocavam na maior parte como peças folk esparsas. As versões cover tornaram-se tão ubíquas que a CBS começou a promovê-lo com a frase"Nobody Sings Dylan Like Dylan."

Mas logo Dylan mudou de rumos artísticos, afastando-se do movimento folk de protesto e voltando-se para canções mais pessoais, introspectivas, ligadas a uma visão muito particular de mundo. As questões sócio-políticas de seu tempo: racismo, guerra fria, guerra do Vietname, injustiça social, cedem espaço para a temática das desilusões amorosas, amores perdidos, vagabundos errantes, liberdade pessoal, viagens oníricas e surrealistas, embaladas pela influência da poesia beat. Esta transição se dá entre 1964 e 1966, quando Dylan electrifica a sua música, passa a tocar com uma banda de blues-rock como apoio e choca a plateia folk, com a sua aproximação ao rock. Na época, muitos ignoravam que Dylan já havia tocado rock and roll na adolescência e apreciava artistas country como Johnny Cash, que já trabalhavam com instrumentos elétricos desde os anos 50. O sucesso dos Beatles e demais roqueiros britânicos na releitura do rock americano também lhe chamaram a atenção. Em compensação, foi aclamado pela crítica, ampliou o seu público (mesmo sendo chamado de "traidor" por fãs do Dylan cantor folk), tornando-se cada vez mais influente entre artistas contemporâneos (John Lennon que o diga) e lançando os mais apreciados discos de sua carreira, com uma série de canções clássicas de seu repertório: "Maggie's Farm", "Subterranean Homesick Blues", "Gates of Eden", "It's Alright Ma (I'm Only Bleeding)", "Mr. Tambourine Man", "Ballad Of A Thin Man", "Like a Roling Stone", "Just Like a Woman", entre outras, lançadas em seus álbuns mais inspirados: "Bringing It All Back Home" e "Highway 61 Revisited" de 1965 e o duplo "Blonde on Blonde", de 1966. http://www.youtube.com/watch?v=lDCbg4rR1r0
Em maio de 1966, após uma tumultuada digressão pela Inglaterra, devido ao formato rock dos shows, Dylan sofreu um grave acidente de moto que o afastou dos palcos e gravações até 1968. Em seu retorno, surpreendeu o público e a crítica com o álbum "John Wesling Hardin", fortemente influenciado pelo country, tendência que acentuou-se no trabalho seguinte, "Nashville Skyline", que trouxe o clássico "Lay Lady Lay" para as paradas. Limitando-se a apresentações esporádicas, das quais a mais importante foi sua participação no Festival da Ilha de Wight em agosto de 1969, além de sua participação no Concerto para Bangladesh, organizado por George Harrison em 1971, Dylan só voltaria a realizar digressões em 1974.
O que produziu no início dos anos 70 não foi bem recebido pela crítica, considerado muito abaixo de seus melhores momentos. Apenas algumas canções destacam-se: "If Not For You" (1970), "Knockin' on Heaven's Door" (1973), "Forever Young" (1974). Mas ao voltar as digressões, acompanhado pelo grupo The Band, retorna a evidência e ao sucesso, principalmente pelo elogiado duplo ao vivo "Before the Flood" (1974). Na retomada da carreira de forma mais ativa, Dylan produz "Blood On Tracks" (1975) e "Desire" (1976), seus melhores discos nos anos 70, aclamados pela crítica. Deste último, a canção "Hurricane", baseado http://www.youtube.com/watch?v=icivO47vQto  na história de Rubin Carter, um boxeador negro preso injustamente, foi um sucesso espectacular, ao mesmo tempo que a digressão Roling Thunder Revue (75/76) era aclamada pela crítica e público. É também de Desire as músicas Sara (dedicada para sua esposa) e http://www.youtube.com/watch?v=hlYtEZQ2vQk Romance in Durango, essa ultima foi vertida para Romance no Deserto pelo cantor brasileiro Fagner para o disco de mesmo nome.

Após seu divórcio em 1977, da esposa Sara Lownds, com quem era casado desde 1965, Dylan viveu uma grande crise pessoal, que refletiu-se no seu trabalho artístico. Depois de uma digressão mundial em 1978, em parte registrada no duplo ao vivo "At Budokan" (gravado no Japão), ele voltou-se para a música gospel, após converter-se ao cristianismo e filiar-se a uma igreja. Foi o período mais controverso e polêmico de sua carreira, principalmente por Dylan afastar-se de seu repertório clássico e investir em canções com temática cristã. Nesta nova fase, surpreendeu seus antigos fãs e se apróximou de músicos do segmento cristão, como Larry Norman, Chuck Girard e Keith Green, em cujo álbum "So You Wanna Go Back to Egypt" chega a gravar uma participação com sua harmônica.
Mais importante do que isso, motivado por sua nova espiritualidade, Dylan gravou três álbuns: "Slow Train Coming" (1979) considerado o mais inspirado dos três, deu a Dylan um Grammy de melhor vocal masculino, pela canção "Gotta Serve Somebody". O segundo álbum, "Saved" (1980), teve uma recepção menos entusiasmada, embora na opinião de Kurt Loder da Rolling Stone este álbum fosse superior ao primeiro . "Shot of Love" (1981) encerra a fase cristã de Dylan.
A despeito da intolerância das críticas à época do seu lançamento, em 2003, o conteúdo das músicas de "Gotta Serve Somebody" foi depurado, revisitado e redimido por nomes como Shirley Caesar, Helen Baylor, Chicago Mass Choir e outros representantes da música afro-americana, em "The Gospel Songs of Bob Dylan", um CD que se desdobrou em indicação para o Grammy e em documentário (2006) sobre esta fase. O jornal International Herald Tribune declarava que a interpretação afro-americana levava a música de Dylan a um outro patamar .

Com "Infidels", de 1983, Dylan afasta-se da fé cristã, volta-se inesperadamente para as suas raízes judaicas e parece reencontrar certo equilíbrio artístico. Bem recebido pela crítica, é considerado o seu melhor álbum desde Desire. As apresentações ao vivo, em que volta a interpretar suas canções clássicas, marcam uma reconciliação com seu público. Em 1985 participa do especial We are the world com outros 40 grandes nomes da música estadunidense -entre eles Michael Jackson, Tina Turner, Ray Charles, Stevie Wonder - pela campanha contra a fome na África.
Dylan continua a gravar regularmente, buscando uma sonoridade "made anos 80" ao mesmo tempo em que tenta preservar o seu estilo. "Down In The Grovy", álbum de 1988, passou despercebido, contém várias covers, mas equivale a uma declaração de princípios, com canções de folk-rock, gospel, rock, que demarcam os gostos artísticos preferenciais do artista. Depois de uma digressão com a lendária banda californiana Grateful Dead, ele lança o álbum "Oh Mercy" (1989), elogiado pela qualidade inesperada das canções e volta tabelas top com o super-grupo Traveling Wilburys, formado com os amigos George Harrison, Tom Petty, além de Jeff Lynne e Roy Orbison.
No início dos anos 90, Bob Dylan parece dar uma "paragem" na carreira. Para comemorar e fazer um balanço de seus 30 anos de trajectória, ele volta a gravar folk tradicional, acústico, sem importar-se com o pouco apelo comercial deste género nos dias actuais. Em 1992 é realizado um show-tributo em grande estilo, com a participação de vários nomes do rock, country e do soul cantando suas músicas: Eric Clapton, George Harrison, Stevie Wonder, Neil Young, Willie Nelson, Lou Reed, Eddie Vedder entre outros.
Depois do acústico produzido para a MTV em 1994, Dylan só voltaria com um CD de inéditas em 1997 (Ano em que vários outros famosos voltaram ao activo com sucesso, entre eles os Bee Gees. O álbum "Time Out Of Mind" ganharia vários prêmios Grammy e foi considerado por muitos uma nova ressurreição artística, confirmada pela qualidade de "Love and Theft" (2001). Neste mesmo ano a revista Rolling Stone publicou uma lista com as 500 melhores músicas da história e em primeiro lugar ficou Like a Rolling Stone, de Bob Dylan. Actualmente registra-se um novo interesse pela vida e obra de Dylan, com o lançamento oficial de várias gravações piratas, além do lançamento do documentário "No Direction Home", de Martin Scorsese, que flagra os anos iniciais de sua carreira (1961-1966) e, mais recentemente, com "Modern Times", seu novo álbum lançado em 2006, com o qual, pela quarta vez na carreira, Dylan conquistou a liderança do ranking dos mais vendidos dos Estados Unidos, vendendo 192.000 cópias na primeira semana. A última vez que Dylan tinha alcançado a liderança nos Estados Unidos, foi com o álbum "Desire", de 1976, que ficou 5 semanas no topo das tabelas. Antes disso, alcançou o primeiro lugar com o clássico disco "Blood On The Tracks", em 1975, e com "Planet Waves", no ano anterior.


CURIOSIDADES SOBRE BOB DYLAN


* Bob Dylan também pinta e desenha tendo lançado um livro de desenhos "Drawn Blank" em 1994
Fez a sua primeira exposição denominada "The Drawn Blank Series" no Museu Kunstsammlungen em Chemnitz (Alemanha) (onde há obras de Munch e Picasso) entre Outubro de 2007 e 3 de Fevereiro de 2008 com 175 [aquarela] e guaches.

* Dylan escreveu o livro Tarântula em 1966, mas só foi publicado em 1971. No Brasil, o livro foi publicado em 1986 pela Editora Brasiliense (Coleção Circo de Letras) com tradução de Paulo Henriques Britto. Foi publicado em Portugal em 2007. No Brasil também foi, em 2005, lançada sua auto biografia "Crônicas Vol I",com a tradução de Lúcia Brito.

* O primeiro bootleg (LP pirata) da história do Rock foi o "The Great White Wonder", álbum duplo de Bob Dylan lançado em 1969. Como na época não havia legislação sobre o assunto, era vendido livremente em qualquer loja, embora uma cópia (original, pois depois foram editados vários piratas deste pirata) hoje valha pelo menos US$5.000!

*  BOB DYLAN era um dos nomes favoritos para ganhar o Prêmio Nobel de Literatura.

Depois de uma enxurrada de apostas á última hora com o nome dele,  terem sido feitas nas casas de apostas de Londres, mudando as suas chances de 100/1 para 10/1.
A empresa especializada em jogos de azar Ladbrokes afirmou que o cantor/compositor tinha se tornado um genuíno e possível vencedor depois de ‘uma aposta vultuosa de fãs de literatura com boas conexões’ ao longo das últimas 24 horas.
Os únicos escritores à frente dele na disputa eram, o novelista japonês Haruki Murakami a 8/1, o poeta sueco Tomas Tranströmer a 7/1, e o favorito poeta sírio Adonis a 4/1. Alex Donohue da Ladbrokes disse ao jornal inglês The Guardian: “Nós observámos a actividade em número suficiente por parte das pessoas para sugerir que Dylan teria agora uma grande chance de vencer este ano. Se ele não chegar entre os finalistas, será uma zebra. Como Dylan disse dinheiro não fala, ele xinga. Se ele ganhar, pode haver alguns impropérios da nossa parte também.”
Além de ser um dos compositores mais respeitados do mundo, Dylan publicou livros como Chronicles Volume One, Tarantula e Lyrics: 1962-2001.
A cerimônia ocorreu nessa quinta-feira (6 de Outubro) no mesmo dia em que Dylan começava a sua digressão pelo Reino Unido e pela Irlanda, partindo da O2 Arena de Dublin e terminando no Bournemouth International Centre (14 de Outubro).
As apostas para Dylan não se concretizaram. O poeta sueco Tomas Tranströmer foi anunciado na manhã desta quinta (06) como o escolhido.

*  Neto de Bob Dylan é cantor Rap.

Ao seguir a carreira de rapper, o neto de BOB DYLAN, Pablo Dylan, está a caminhar por um caminho um pouco diferente, mas ele tem uma perspectiva interessante sobre o seu famoso avô:
"Meu avô, eu o considero o Jay-Z do seu tempo, e ele definitivamente deixará um legado que ninguém esquecerá", diz Pablo Dylan ao AllHipHop.com. "Ele respeita fortemente a minha música e eu o amarei até á morte".
A carreira de Pablo é influenciada pelo seu pai, Jesse Dylan, que é conhecido por dirigir videoclipes de grandes artistas musicais, incluindo Tom Petty, Tom Waits, Elvis Costello e Lenny Kravitz, bem como o seu trabalho no cinema, por filmes como "Kicking and Screaming"(com Will Ferrell) e "American Wedding".
Apesar da sua linhagem famosa, ele quer que  a sua música conquiste o espaço com as seus próprios esforços. Tendo lançado recentemente seu primeiro trabalho, "10 Minutes", Dylan se orgulha de sua realização. "Isso é para mostrar às pessoas porque estou aqui, o meu jeito de ser que me diferencia de todos os outros", explica Pablo. "Este projeto é o resultado de todo o trabalho duro de uma criança que apenas brincava com o piano".
Ele tem muito respeito por aquilo que seu avô trouxe para seu mundo, ele diz: "Todos ao meu redor me influenciaram, mas eu aprendi muito com ele, apenas por ouvir os seus discos, espero que sua música continue viva. E é isso que continuarei fazendo pro resto da minha vida".
















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